A criação que está vindo é estupendo. É uma geração curiosa, que na primeira vez coloca a posição dela sem ter terror. Se munida de dica de característica, adequada a seu repertório, a moça é capaz não só de emitir opiniões interessantes sobre o assunto tua realidade como pode transformar a comunidade.
As soluções que elas propõem são incríveis. A maturidade e a visão, tão boas ou até melhores que os adultos. Foi Octavio Paz quem escreveu: “Em lábios de criancinhas, loucos, sábios apaixonados ou solitários, brotam imagens, jogos de palavras, expressões surgidas do nada… Feitas de matéria inflamáveis, as expressões se incendeiam deste jeito que as roçam a imaginação ou a fantasia”. E pra ilustrar o raciocínio dos pequenos, procuramos a incansável Stéphanie Habrich, fundadora e diretora executiva do jornal Joca.
Talvez você não o conheça, entretanto 30 1 mil assinantes, entre famílias e escolas públicas e privadas, recebem quinzenal este digno periódico que relata os principais acontecimentos pelo Brasil e pelo mundo no período. E as surpresas deste trabalho pioneiro nesse lugar, no entanto super comum em países como França e EUA, são inúmeras e bem-vindas. É o prazeroso e velho jornalismo mostrando teu papel fundamental pela organização da comunidade, desde cedo. Antes de mais nada, conte-nos sobre isto tua experiência no World Trade Center em 2001, sobre isto como foi vivê-la, e como veio parar por aqui, e sem demora.
Eu trabalhava com fusões e aquisições em um banco de investimentos no quarto percorrer do WTC 4. Era um prédio pequeno, de 4 andares, ali ao lado das Torres Gêmeas. Tinha chegado cedo pra trabalhar naquela manhã de onze de setembro. Havia menos pessoas no banco. Por volta das 8:Trinta horas, ouvimos um estrondo e vimos na janela uma vasto bola de fogo explodindo no prédio ao lado. Saí correndo. Deixei tudo pra trás: bolsa, telefone, casaco, notebook.
Ao lado de algumas milhões de pessoas, esperei na calçada o instante em que poderíamos reverter ao prédio e continuar o dia de trabalho. Àquela altura, pensávamos que um avião de acrobacia tinha errado sua manobra e se acidentado na torre. Pouco tempo depois, ouvi da calçada o barulho de um outro avião. Parecia muito perto da gente.
Logo após, várias explosões. A impressão era de que estávamos perante bombardeio. Hoje entendo que o estrondo foi consequência da detonação do tanque de querosene quando a aeronave se chocou com o segundo prédio. Mas pela hora a sensação era de desespero. Jamais me esquecerei do sentimento de pânico e de vulnerabilidade que tomou conta daquele dia.
- Verificar o tipo de configurações de BIOS que poderá afetar a instalação
- Janeiro (6)
- Não sonhe em ideias de negócios
- Ocultar as extensões dos tipos de arquivo populares
- Caso apareça o valor “1”, você deve publicar o seguinte para habilitar o TRIM
- Alugar carros nas tuas viagens
- 1 copo de suco de maçã
- 1 Wikipédia:Páginas pra apagar/Nádia Carvalho
Fugimos pelas ruas. Busquei abrigo em outros prédios pela vizinhança, mas todos fecharam as portas. Tentei ligar de um orelhão pra meus pais no Brasil e avisar que eu estava bem, contudo as linhas telefônicas ficaram congestionadas. Vi pessoas se jogando dos prédios. Era insuportável testemunhar tudo isso. Já com os saltos quebrados, entrei no metrô e me dirigi até meu apartamento retirado ali. Sem chave ou dinheiro (minha bolsa havia ficado no escritório), consegui ligar pra meus pais da casa da minha vizinha.
O ataque às torres gêmeas aconteceu numa terça-feira. Na sexta-feira da mesma semana agora estávamos trabalhando em outro ambiente, pela cidade de New Jersey. A resiliência dos nova yorkinos é estupendo. Alguns meses após o atentado, a área em que eu trabalhava no banco foi fechada. Aproveitei o tempo para fazer um mestrado de Relações Internacionais na Universidade Columbia.
Mas qualquer coisa havia mudado desde o onze de setembro. Aquela rotina de números, balanços financeiros, ações e fundos de investimento a que eu em tal grau me dedicara desde que me gerei na universidade imediatamente não fazia mais sentido. Eu me perguntava como as garotas estavam encarando todos aqueles acontecimentos e como esses detalhes marcariam a vida das gerações que estavam a caminho. Esse sentimento ficou ainda mais potente com o nascimento do meu primeiro filho em 2003. Decidi empreender.
Fiz cursos de criação de revistas e desenvolvimento infantil. Voltei ao Brasil em 2006 com meu marido e 2 dos meus 3 filhos (o terceiro nasceu no Brasil). Nunca mais voltei ao mercado financeiro. Apesar de traumático, aquele 11 de setembro acabou trazendo um propósito ainda maior pra minha vida e a minha carreira. Por que um jornal para gurias? Sou franco-alemã, nascida na Alemanha. Minha mãe é francesa, meu pai é alemão.